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Alerta: Câncer de cabeça e pescoço aumenta entre jovens

Tabagismo, consumo de álcool e sexo oral sem proteção são fatores de risco da doença

Foto: Divulgação – Endocrinologista apalpando garganta

Oito em cada dez pessoas expostas com câncer de cabeça e pescoço no Brasil descobrem a doença em estágio avançado, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Embora pouco comentado, o Ministério da Saúde alerta que esse é o terceiro tipo de câncer mais incidente no país e deve atingir mais de 61 mil brasileiros neste ano, segundas estimativas.

A perspectiva de óbitos não é otimista para os próximos anos: a previsão é de aumento de 86%, passando dos atuais 17 mil casos para 30 mil em 2050, de acordo com levantamento do Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP).

O Blog conversou com a Dra Ana Gabriela Neis que é cirurgiã de cabeça e pescoço do Hospital São Marcelino Champagnat: “Trata-se de um tipo de câncer que, quando precocemente revelado, apresenta até 90% de chance de cura”, alerta a especialista. A prevenção envolve práticas simples de cuidado com a saúde, como evitar o consumo de cigarros — seja comum, eletrônico ou narguilê —, não ingerir bebidas alcoólicas em excesso e usar proteção durante o sexo oral.

A especialista alerta que o câncer de garganta tem aumentado entre os jovens no país, especialmente devido à infecção por HPV. “Mesmo no sexo oral, o uso da camisinha é essencial para prevenir o vírus. Já temos vacina disponível no SUS para crianças a partir dos 9 anos, mas os casos não param de subir”, ressalta a Dra. Gabriela.

Sinais de alerta

Feridas na boca que não cicatrizam, úlceras, espinhas que não regridem, coçam ou sangram, lesões esbranquiçadas nos lábios ou nas mucosas orais, aftas persistentes e nódulos no pescoço que aumentam de tamanho e em quantidade estão entre os principais sinais de alerta. “São muitos os sinais, e grande parte deles passa despercebida”, alerta o especialista. “É fundamental estar atento ao rouquidão persistente, à sensação de fala alterada — como se estivesse enrolada ou, como relatam alguns pacientes, com ‘voz de batata quente’ — e ao aumento de volume no pescoço, na região da tireóide que, pode indicar um estágio avançado da doença”, frisa Ana Gabriela.

Tratamento

O tratamento depende da região afetada e do estágio em que a doença é causada, podendo incluir cirurgia, radioterapia e, em alguns casos, quimioterapia como complemento. A detecção precoce é essencial, já que as áreas acometidas – boca, faringe, laringe, cavidade nasal, seios paranasais, glândulas salivares e linfonodos do pescoço – são muito próximas entre si, o que facilitam a rápida disseminação do tumor para outros órgãos. De acordo com pesquisa do GBCP, 85,4% dos pacientes sobreviveram por cinco anos após o tratamento quando o tumor é identificado na fase inicial e está restrito a um único órgão. Quando a doença atinge os linfonodos, a taxa de sobrevida cai para 69,4%. Já nos casos em que há metástase para órgãos distantes, como pulmões, fígado ou ossos, esse índice diminui para 36,9%.

“Além do tratamento ser menos invasivo e mais eficaz quando a doença é detectada no início, a qualidade de vida do paciente após a recuperação é significativamente maior. Já nos casos em que o câncer é revelado em estágio avançado, o tratamento costuma ser bastante agressivo, envolvendo mutilações permanentes e sequelas, como a perda da fala”, explica o cirurgiã. “Por isso, é importante estar atento aos sinais, conversar com amigos e familiares para que também fiquem alertas e procurem ajuda médica já nos primeiros sinais da doença”, finaliza a médica.

Sobre o Hospital São Marcelino Champagnat

O Hospital São Marcelino Champagnat faz parte do Grupo Marista e nasceu com o compromisso de atender seus pacientes de forma completa e com princípios médicos de qualidade e segurança. É uma referência em procedimentos cirúrgicos de média e alta complexidade. Nas especialidades destacam-se: cardiologia, neurocirurgia, ortopedia e cirurgia geral e bariátrica, além de serviços diferenciados de check-up. Planejado para atender a todos os quesitos internacionais de qualidade assistencial, é o único do Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).

O Blog foi provocado pela Central Press – Agência de notícias

José Aparecido Ribeiro é jornalista e editor

www.minasconexao.com.brjaribeirobh@gmail.com – WhatsApp/Pix: 31-99953-7945

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1 Comment

  • Vivenciei essa situação há 40 anos atrás, quando soube que eu tinha um carcinoma folicular e papilar da tireóide e durante 13 anos me submeti a um tratamento rigoroso, oportunidade em que foram realizadas três cirurgias, seguido de aplicações de iodo radioativo, com diagnóstico de sobrevida de apenas oito anos.
    Até hoje sou acompanhado por médicos, pois a dosagem da medicação que tomo para suprir a falta da tireóide altera com o passar dos anos.
    Agradeço a Deus e aos médicos pela “minha cura”.
    E vida que segue.
    Sou um felizardo

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