MINAS CONEXÃO | Michel Temer admite em evento da Federaminas na capital mineira que não houve golpe

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Michel Temer admite em evento da Federaminas na capital mineira que não houve golpe

“Para haver golpe é necessário tanques na rua e participação das forças armadas” – Michel Temer 

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Foto: JARibeiro – J.Roberto Tadros, Michel Temer, Romeu Zema e Nadin Donato

O ex-presidente Michel Temer esteve nesta sexta-feira (19) em Belo Horizonte a convite da Federação do Comércio de Minas Gerais – Fecomércio, na condição de palestrante para uma plateia composto por empresários preocupados com a situação da política e seus impactos no comércio varejista e na indústria nacional.

Perguntado sobre a proposta de substituição da pauta anistia por dosimetria, admitiu que não houve golpe, mas que o episódio necessita de punições para os envolvidos com penas mais leves: “Para haver golpe é necessário tanques na rua e participação das forças armadas. O que houve foi muito grave mas não representa rompimento do processo democrático”. Vítima da mesma corrente que o acusou de golpe, o político propõe penas mais brandas para quem participou do quebra-quebra no dia 8 de janeiro.

Michel Temer defende a tese de que sem um meio termo que agrade direita e esquerda, a radicalização tende a permanecer, ou até mesmo se agravar. Ele disse ainda que a proposta de anistia ampla e irrestrita, vai esbarrar em ação do STF que pode julgar inconstitucional a proposta de Lei de anistia ampla e irrestrita.

O político lembrou ainda que a sua posição enquanto vice presidente durante o impeachment de Dilma Rousseff, sendo acusado de golpista pode sim ser comparado ao que está acontecendo hoje, mas que foi graças a ele que o país desviou-se de uma catástrofe financeira de consequências imensuráveis.

Para o presidente da Federaminas, Nadin Donato, organizador do evento que reuniu cerca de 300 empresários, e que teve a presença do Governador Romeu Zema e do presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, o país não pode ficar refém da situação que se encontra:

“Os extremismos só prejudicam e não nos levam a prosperidade. O empresariado precisa ter sossego para trabalhar, gerar empregos, renda e impostos, e neste clima de incertezas, não é possível, precisamos vencer essa etapa e um pacto nacional pela paz é urgente”, destacou o anfitrião e dirigente sindical.

Para o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José RobertoTadros, a experiência do ex-presidente Michel Temer pode contribuir e muito com a pacificação do Brasil: ” ouvi aqui o que eu já esperava do presidente, que é um homem tarimbado e consolador. Acredito na pacificação como elemento essencial para o país iniciar um ciclo de prosperidade duradouro”, relata o líder empresarial.

Perguntado sobre a posição do governo estadual em relação a “Operação Rejeitos”, deflagrada pela Polícia Federal esta semana, e que envolve nomes do seu governo, Romeu Zema lembrou que no geral seu governo bateu recordes em permanência de secretários, e que não compactua com desvios que devem ser rigorosamente apurados:

“A nossa controladoria já tinha indícios, mas, como não tem poder efetivo de polícia, o processo estava em andamento. O que eu espero é que a investigação siga, prospere e que aqueles que realmente fizeram algo de errado sejam responsabilizados”, respondeu o governador aos repórteres presentes. Zema lembrou ainda que: “Isso só traz ganhos e mais transparência para os processos de análise ambiental, necessário e que deve ser respeitado”, encerrou.

Após a coletiva de imprensa, o ex-presidente foi convidado para um almoço fechado com 50 lideranças empresariais no 6º andar do Cine Theatro Brasil Valourec, no cento da capital mineira, onde mais cedo ele proferiu palestra para uma seleta plateia de empresários e políticos aliados, incluindo a ex-deputada Maria Elvira Sales Ferreira, o deputado Federal Paulo Abi-Ackel, o ex-deputado Carlos Melles entre outros.

José Aparecido Ribeiro é jornalista e editor

www.minasconexao.com.brjaribeirobh@gmail.com – Wpp/Pix: 31-99953-7945

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